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quinta-feira, 12 de abril de 2012

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Os clássicos ingleses artesanais
Se você vai a Londres nas Olimpíadas, saiba reconhecer as marcas sobreviventes




Marca Morgan é conhecida por seu estilo luxuoso
E ra uma vez um império onde o sol nunca se punha, onde vicejava uma indústria automotiva pujante que ia de Rolls- Royce e Bentley ao humilde Ford Anglia de 950 cm³. Principalmente no pós-guerra, quando a ordem do rei George V era exportar ou morrer, os carros ingleses e dos transplantes americanos Ford e Vauxhall eram vendidos mundo afora. Apesar de suas partes elétricas periclitantes (que deram origem a piadas sobre o fabricante de componentes elétricos Joseph Lucas, conhecido como o Príncipe das Trevas) e de parafusos e porcas que só existiam na Inglaterra, naqueles anos surgiram carros memoráveis, como o Jaguar XK 120, o Rolls-Royce Silver Dawn, o Morris Minor e até o carro que mudou o mundo, o Morris Mini. Seminal, a obra de Alec Issigonis foi o primeiro carro a ter tração dianteira com motor transversal, uma revolução no aproveitamento de espaço e na eficiência na transmissão de energia com o motor girando paralelo às rodas, esquema que hoje norteia toda a indústria de carros com tração anterior.
Pois bem, essa potência mundial hoje se resume a três ou quatro fabriquetas de nicho, um pálido fantasma hamletiano de um império que desabou em frangalhos, destruído por sua ineficiência em progredir e se modernizar na concorrência aos japoneses. A ironia é que a indústria japonesa começou copiando alguns carros ingleses, como Morris e Hillman, e as máquinas Rolleiflex alemãs. Nas Olimpíadas deste ano, ao cruzar em Londres com um Morgan, um Caterham Seven, um Ginetta ou o ultramega blaster moderno Lyonheart, diga uma prece muda pelos dias de glória passados...


Morgan 3 Wheeler (Trike) esteve no Salão de Genebra deste ano; Caterham R500 tem motor Ford 2.0
Morgan
A mais antiga das sobreviventes é a Morgan, que desde 1910 fabrica veículos que são quase os mesmos de 100 anos atrás. O Morgan Plus Four é uma réplica modernizada na mecânica, com motores e caixas de origem Ford. Mas a carroceria ainda é composta de painéis de chapa moldada à mão sobre estruturas de madeira curvada no vapor. A forma tem a mesma aparência dos anos 30, quando eles passaram a fabricar carros de quatro rodas com uma ligeira modificação na grade em 1954. É bem verdade que hoje em dia montam um Morgan Plus Eight de formas bizarras, um mero pastiche de uma beleza esportiva do clássico roadster inglês que se perdeu nas brumas do tempo.
Não bastasse isso, agora voltaram a oferecer um triciclo invertido, com duas rodas na frente, produto do esforço de um americano de Seattle que desejava muito ter um Morgan Trike e não achava. Então fez um para si mesmo, com motor de Harley-Davidson V Twin, mas com uma suspensão moderna de triângulos superpostos na frente, não o antediluviano sistema de pilares deslizantes que dura 10 mil km e precisa ser refeito, como nos Morgan de quatro rodas atuais. O Trike é tão benfeito e tão bom que a Morgan deu licença para que a Ace Liberty norte-americana usasse o nome de Morgan nele. E agora o importam dos Estados Unidos... Como diria HFS Morgan, o avô do dono atual, supremo sacrilégio!
Caterham
Colin Chapman revolucionou o automobilimso com sua doutrina de adicionar leveza aos bólidos dos anos 50. Reinterpretou o carro de corrida de motor central em clave moderna e, para sobreviver, idealizou um carrinho vendido em kit de montar, quase um Lego, para pagar menos imposto na Inglaterra dos anos 50. Era o Lotus Seven, imortal! Muito pequeno, pesava 400 kg e, mesmo com um motorzinho digno de um dentista, andava muito bem, principalmente no mais britânico dos esportes a motor, o Trial na lama. Dessa aranha sobre rodas foi evoluindo um carro de rua e de corrida que hoje em dia pode ter motores GM Ecotec de 200 cv.
Mas a lira do delírio é o modelo que usa um motor de Suzuki Hayabusa 1.300 de 180 cv e peso de motor de moto... Mas, como a perversão automotiva não tem limites, um engenheiro maluco inventou um V8 de 400 cv e 2.800 cm³ a partir do motor Suzuki. Resultado: essa releitura do Seven consegue, atenção, um quilo por cavalo, OU UM CAVALO POR QUILO... Isso é falta de remédio forte, religião e surra de cinto do pai... Zero a 100 km/h em menos de 4 segundos e uma agilidade inacreditável em cima de uma estrutura de compensado naval colado... Até hoje o fabricam por meio de uma empresa inglesa chamada Caterham, com franqueados na Argentina.



A Ginetta resiste com o novo G60, dotado de um 3.7 V6 de 310 cv
Ginetta
Outro antigo sobrevivente é a Ginetta, onde trabalha um brasileiro, o filho do imortal das pistas brasileiras Francisco Lameirão. Deve ter gasolina no sangue como seu pai... A Ginetta foi obra de quatro irmãos, os Walklett, que, ao contrário do Morgan e do Seven, geraram uma forma aerodinâmica que não tinha muito a ver com o tradicional roadster inglês, e sim uma evocação do MG TD (conhecido no Brasil como a réplica MP Lafer, nos anos 70). Eram formas arredondadas, de bom coeficiente de penetração no ar e sempre com baixo peso, daí o melhor desempenho. Isso possibilitou uma gloriosa carreira nas pistas inglesas com motores entre 1,5 e 2 litros, e levou a Ginetta ao século 21. Agora modernizada pelo novo proprietário, Lawrence Tomlinson, e instalada em uma fábrica moderna, talvez seja a única marca que veio do passado ao futuro sabendo fazer seu próprio caminho e sobreviver inclusive com campeonatos de competição na mais fina tradição inglesa.
Também merece ser citado nesta compilação a recém-falecida TVR, autora de caros memoráveis como Grantura e Cerbera. Foi mais um dos muitos filhos do motor americano Oldsmobile 3.5 V8 de alumínio, que permitiu a uma geração inteira de carros esporte MG, Morgan, e (em certa medida) os Rover e Land Rover, ver a luz do dia. Dele, inclusive, foi derivada uma versão final e radical do TVR, o Cerbera, com motor V12 de 600 cavalos.



O recém-lançado Lyonheart K, tentativa dos ingleses de retomar a tradição dos esportivos
Renascimento
A cidade de Coventry é o berço do mais recente veículo esportivo britânico: o Lyonheart K, baseado visualmente no Jaguar E tType coupé de 1962 (XKE). Prestes a chegar ao mercado, é obra do senso privilegiado de William Lyons. Daí seu nome, que tanto evoca um herói inglês, Ricardo Coração de Leão quanto sir William Wallace, herói escocês.
O Lyonheart K é baseado em uma mecânica de Jaguar XK atual, com motor 5.0 V8 de 550 cv. Pesa menos de 1.600 kg, tem compressor mecânico para ampliar sua potência, e as suspensões são totalmente independentes nas quatro rodas. Aqui não há lugar para tradicionalismos: é um carro ultramoderno, mas com design inspirado no XKE dos anos 60, modelo considerado o mais belo de seu tempo – capaz de arrancar suspiros até de Enzo Ferrari.

por JOSÉ REZENDE MAHAR

terça-feira, 3 de abril de 2012

Novo Gol chega em julho
Hatch passará por leves mudanças visuais

O “novo” Gol já tem data para estrear. Será em julho que a Volkswagen apresentará as mudanças visuais realizadas em seu modelo mais vendido nos últimos 25 anos. Fontes ligadas à empresa afirmam que o hatchback será revelado em um evento realizado na cidade de Natal, no Rio Grande do Norte.
Mas não será desta vez que o Gol mudará radicalmente. Se em 2008 o carro inovou ao se inspirar no estilo do Tiguan, desta vez o hatch ficará com visual semelhante aos modelos mais recentes da marca. Neste caso, podemos esperar uma dianteira muito parecida com Fox e Jetta, apenas para citar dois exemplos. Nada muda na lateral e leves alterações serão realizadas na traseira, principalmente na disposição de luzes nas lanternas. Uma receita muito parecida com a aplicada no Fox.

As motorizações 1.0 e 1.6 devem permanecer inalteradas. A inédita versão com duas portas será a principal novidade da linha Gol 2013. Quem receberá modificações estéticas mais significativas será o sedã Voyage. Além da nova frente, o carro ganhará novas lanternas. Quem já viu afirma que elas lembram muito as do Jetta. Já a nova Saveiro chega ao mercado apenas no ano que vem.

Por Vitor Matsubara | 02/04/2012